quarta-feira, 3 de março de 2010

O último que apague a luz e feche a porta!...

Reformado da função pública, com quinze anos de ensino, pergunto-me: que se passa com a consciência humana? Que se passa com a verdade e a honestidade ideológica? Que pretendem os movimentos sindacalistas e os partidos aliados a uma informação que prioriza a pretensa liberdade de expressão a todo o custo e à custa de verdades mais ou menos dúbias (?!). E aí vamos nós!
Recentemente surpreendi-me quando se dava um realce extraordinário ao facto de os trabalhadores dos impostos decidirem encerrar os computadores no final do expediente, como forma de greve. Desde que se trabalhe assíduamente dentro do horário certamente que não haveria necessidade das horas extra. É contra a lei. Fala-vos a experiência: meias horas e mais de pequeno almoço e lanche, lentidão no “arranque” do trabalho produtivo, chistes e dichotes a miúde, tudo isto justificado “moralmente” porque podem ficar até mais tarde. Até porque em alguns casos isso é cómodo. Sim, e o atendimento ao público? Os “Chefes” que organizem a distribuição das tarefas de uma forma coerente. Haja Chefes!
Assisti a este cenário ao longo da minha vida profissional e nem sempre tive o dinamismo suficiente para o conseguir ultrapassar quer pelas limitações (a vários níveis) de alguns funcionários, quer pela aplicação do princípio de Peter. E o vício natural de então era “pedir” mais funcionários, no fundo para proteger a incompetência e inoperância de uns tantos, e a inépcia de uma apreciável quantidade de pessoas cuja consciência profissional era e é, em alguns casos, uma “batata”.
A greve deve começar por cada um de nós. Greve ao “modismo” do deixa-andar potenciado pelos órgãos de informação ao lado dos partidos em busca do poder, e dos sindicatos que também assim vão protegendo a sua função e vocação há muito esvaziada de objectivos e sentido. Estamos num país do faz-se-conta. - Será? Ou caminhamos alegremente para a festa da anarquia, do vasio ideológico, do deixa-andar!...
O último que apague a luz e feche a porta!
Yves Senior

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Um novo paradigma económico?

O que se poderia entender por mercado externo deixou de o ser uma vêz que estamos inseridos na Europa e o mercado globalizou-se. Então temos necessidade absoluta de rever o nosso conceito de mercado, modificar a nossa forma de encarar a economia do país.
O conceito de moeda única, a paridade ( ou disparidade) para com o dólar, por mais que queiramos dizer que não... E afinal porque chegámos a esta “crise” mundial. Embora menos mundial para alguns paises fora da zona euro?...
Queremos uma nova ordem mundial assente numa economia keynesiana, em conceitos sociais e políticos fora da nova realidade, ainda decalcados sobre a ordem e a democracia clássicas. O que é que nos resta? - A curto prazo uma crise económica cada vez mais descontrolada. E a médio prazo o caos económico e a anarquia política. Poquê? – Porque a força dos partidos, a estratégia demagógica aliada a uma informação que caminha em roda livre agarrada à máxima da liberdade de imprensa, e o conceito de que o poder político é o objectivo imediato e mais importante a alcançar, levam a que não haja neste momento qualquer hipótese de controle por um “provedor” da economia mundial. - Uma polícia económica de cariz global... Os impostos têm de ser encarados noutra perspectiva. A economia regional (!?), e penso na Europa que, para já, tem de ser equacionada não na perspectiva dos paises mas de uma plataforma de entendimento futuro, de segurança e provisão, que defenda o bem estar das pessoas.
Todos falamos na globalização mas as empresas continuam a formar-se assentes no individualismo do país-providência.
Falamos de milhões nos orçamentos para defender um poder político local e uma economia efémera para um ano e não para enfrentear uma reestruturação económica europeia, se é que já podemos pensar que algo existe nessa perspectiva...
O Liberalismo económico data do sec XVIII. E apesar de recente, que força tem ele nesta globalização?! É necessário um marcado suficiente para todos. Lipovetsky aqui falaria da hipermodernidade. Mas creio que já nem se trata de modernidade. Mas sim realidade nua e crua de uma salto no vasio para o qual não nos conseguimos preparar nem temos consciência de como o fazer porque os partidos vivem agarrados às velhas máximas da luta política.
Que voltem os pensadores e os filósofos, os economistas conscientes do futuro! Porque a nova ordem mundial está aí! A curto prazo, a paz, não sei se estará.