quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Que podemos nós fazer...

Que podemos nós fazer perante a situação do país e do mundo, que se advinha cada vez mais complexa e difícil de ultrapassar? Na área económica não se vislumbra qualquer solução a curto, médio ou longo prazo. Estas injecções de €s parecem de água destilada, poois mais se assemelham a um paliativo para aguentar a situação até às eleições. Quem garante que o dinheiro investido nos bancos e nas empresas vai ser aproveitado para resolver a “crise”, ou se os bancos e as empresas abrangidas são as que podem fazer a diferença no panorama económico do País, ou se têm capacidade para gerir o investimento do estado e gerar a necessária transformação económica?
Só incógnitas. As únicas certezas é que já não acreditamos em nada que possa salvar validamente este país, na área económica, admitindo mesmo que a Europa e a América estão nas mesmas condições...
Vai ser necessário muita coragem. Sem querer endeuzar o Obama, a verdade é que ele fez apelo ao trabalho e à dedicação e entrega como “antigamente”. E isso parece pressupor muito trabalho, trabalho menos remunerado, menos lucros e mais produção. Mas o consumo deve continuar a existir, ainda que racionalizado. Pois sem consumo não é necessária a produção e sem produção as empresas encerram, e sem empresas não há economia que valha, e aos economistas só resta a agricultura...
Mas nós, aqui no nosso rincón, na nossa área, que podemos nós fazer? Continuar à espera que o governo resolva os nossos problemas? Como?
Pensemos um pouco. A partidarização dos problemas e a proximidade das eleições estão a transformar a análise da situação num ramalhete de babuseiras que não leva a nada de concreto. Só nos afunda mais na m.. E se não for cada um de nós e todos juntos a encontrarmos o verdadeiro caminho para passar esta crise da forma mais eficiente, até que a situação esteja mais clara, não é o governo nem são os partidos que nos veem salvar.
A nossa realidade é que se quisermos produzimos produtos agrícolas. Como fazê-lo tirando o máximo proveito disso?
Claro que gostaríamos de ter visto a Cooperativa de Oliveira do Bairro, uma das maiores empresas do país, a renovar-se e a enfrentar com dinamismo esta situação. Mas não. Como estava (até quando?) é que está bem. E “aqui d’El-Rei” porque houve alguém que nas últimas eleições se propôs abanar o satus quo da referida empresa?!... Não será que produzindo bem o que produzimos podemos, pelo menos, a exemplo de algumas experiências na área, continuar a colocar no País e na Europa os nossos produtos? Poderemos ter menos lucro, e os nossos “possíveis” ordenados reduzidos, mas enfrentaremos a situação para a ultrapassar e despertaremos certamente outras empresas, e inventaremos outras soluções. Estaremos a contribuir para, pelo menos a nossa região, não perder o nome e a dignidade de área demarcada. Sim, podemos produzir vinho, milho, batata, e outros produtos agrícolas. Não, não me venham, nesta altura, com as desculpas das quotas e eu sei lá quê?!... De problemas estamos nós cheios. É necessário é encontrar soluções. E se mais não fizermos ao menos ... estamos ocupados com coisas úteis.
Porque não se reunem as várias cooperativas e empresas da região na discussão dos problemas? Estão à espera de que o PM Sócrates venha dizer-nos o que fazer? Ou também vmos pedir uma “injecção” de dinheiro em cada agricultor.
Neste aspecto o Presidente Obama parece ter dado o mote: – Trabalho. Criar soluções.
Injectar dinheiro poderá ser uma panaceia para evitar a “banca rota” e salvar alguns investimentos dos principais detentores da riquesa. Mas nós não estamos nesse grupo. E acho que não devemos ficar à espera de Goudot...